Seção primeira
A EVANGELIZAÇÃO DOS POBRES
4. No ambiente virtual, os indivíduos mais desamparados, aos quais a Congregação é direcionada de forma especial, são aqueles que ainda não tiveram acesso aos meios adequados de salvação. Isso abrange aqueles que nunca ouviram a mensagem da Igreja ou que não a recebem como o "Evangelho", e aqueles que sofrem com a divisão dentro da Igreja.
5. Ao mesmo tempo, a Congregação demonstra um cuidado apostólico pelos fiéis que são atendidos pelas práticas pastorais comuns. O objetivo é que, fortalecidos pela fé, essas pessoas continuamente se voltem para Deus e se tornem testemunhas da sua fé na vida diária.
6. Especial atenção é dada aos grupos humanos que mais necessitam de apoio espiritual, com um foco particular nos pobres, nos mais vulneráveis e oprimidos. A evangelização desses grupos é vista como um sinal da missão messiânica (Lucas 4, 18) e como uma forma pela qual Cristo se identificou com eles (Mateus 25, 40).
7. A preferência por abordar as situações de necessidade pastoral e o próprio ato de evangelização, juntamente com a opção clara pelos pobres, constituem a essência da existência da Congregação dentro da Igreja. Isso se torna o distintivo da fidelidade deles à vocação que receberam.
8. O mandato dado à Congregação para evangelizar os pobres visa a libertação e salvação de todas as pessoas. Os membros da Congregação têm a responsabilidade de proclamar abertamente o Evangelho e demonstrar solidariedade com os pobres. Eles também se empenham em promover os direitos fundamentais dessas pessoas, buscando justiça e liberdade, usando abordagens que estejam em conformidade com o Evangelho e eficazes ao mesmo tempo.
Seção segunda
A OBRA DA EVANGELIZAÇÃO
Artigo 1º — O Evangelho da salvação.
9. Obrigam-se todos os Redentoristas, seguindo sempre o magistério da Igreja, a serem, entre os homens, servos humildes e audazes do Evangelho de Cristo, Redentor e Senhor, princípio e modelo da nova humanidade. Esse anúncio visa especialmente a copiosa redenção, isto é o amor de Deus Pai “que nos amou primeiro, e nos enviou seu Filho, como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4,10) e que pelo Espírito Santo vivifica a todos os que n’Ele crêem. Essa redenção atinge o homem todo, aperfeiçoa e transfigura todos os valores humanos, para que todas as coisas sejam recapituladas em Cristo (cf. Ef 1,10; 1Cor 3,23) e conduzidas a seu fim: uma nova terra e um novo céu (cf. Ap 21,1).
Artigo 2º — A evangelização
10. Testemunhas do Evangelho da graça de Deus (cf. At 20,24), os Redentoristas proclamam, antes de tudo, a sublime vocação do homem e do gênero humano. Sabem que todos os homens são pecadores, mas sabem igualmente que esses mesmos homens já foram de um modo mais profundo escolhidos, salvos e reunidos em Cristo (cf. Rm 8,29ss.). Empenhar-se-ão, pois, em ir ao encontro do Senhor onde Ele já está presente e atua com seu modo misterioso.
11. Procurarão assiduamente discernir, conforme as circunstâncias, o que fazer ou o que dizer: se proclamar Cristo explicitamente ou, pelo menos, com o testemunho tácito de presença fraterna.
12. Se as circunstâncias forem tais que alguma vez não haja possibilidade de propor, direta e imediatamente o Evangelho ou de anunciá-lo de modo pleno, devem os missionários, com paciência, prudência e grande confiança, dar testemunho da caridade de Cristo e, na medida do possível, fazer-se próximos de cada homem. Essa manifestação de caridade se fará pela oração, pelo sincero serviço prestado aos outros e pelo testemunho de vida, qualquer que seja sua modalidade. Essa maneira de evangelizar prepara progressivamente os caminhos do Senhor e preenche a vocação missionária dos Redentoristas.
13. O testemunho de vida e de caridade conduz ao testemunho da palavra (cf. Rm 10,17), conforme a possibilidade concreta e a capacidade pessoal. Os Redentoristas têm na Igreja, como sua principal missão, a proclamação explícita da palavra de Deus para a conversão fundamental. Quando chegar a hora e o Senhor lhes abrir a porta da palavra (cf. Cl 4,3), os Redentoristas, sempre prontos a dar testemunho da esperança de que neles existe (cf. 1Pd 3,15), completando o testemunho tácito da presença fraterna com o testemunho da Palavra, anunciam confiantes e constantes o Mistério de Cristo (cf. At 4,13.29.31). Para que possam cooperar sempre mais plenamente na realização do mistério da redenção de Cristo, incansavelmente rogarão ao Espírito Santo, que é Senhor dos acontecimentos e é quem dá a palavra adequada e abre os corações.
Artigo 3º — A finalidade da obra missionária
14. Tendo recebido por graça o ministério da reconciliação (cf. 2Cor 5,18) os Redentoristas transmitem aos homens o anúncio da salvação e o “tempo favorável” (2Cor 6,2), para que se convertam e creiam no Evangelho (cf. Mc 1,15), vivam verdadeiramente o batismo e se revistam da nova criatura (cf. Ef 4,24). Dessa forma os Redentoristas são “apóstolos da conversão”, pois sua pregação tem como finalidade principal levar os homens à opção radical ou à decisão de vida por Cristo e conduzi-los com vigor e, ao mesmo tempo, com suavidade à conversão plena e contínua.
15. A conversão pessoal, porém, se realiza na comunidade eclesial. Por isso a finalidade de toda a obra missionária é suscitar e formar comunidades tais que levem vida digna da vocação a que foram chamadas, e exerçam a tríplice função que lhes foi atribuída pelo próprio Deus: sacerdotal, profética e régia. Os missionários conduzem os convertidos a participar plenamente da Redenção que se exerce na Liturgia, principalmente no sacramento da reconciliação no qual, de modo sublime, anuncia-se e celebra-se o Evangelho da misericórdia de Deus em Cristo, e máxime na Eucaristia, pela qual se constrói a Igreja. Dessa maneira torna-se a comunidade cristã sinal da presença de Deus no mundo. Alimentada pela Palavra de Deus dá testemunho de Cristo, passa sem cessar com Cristo ao Pai pelo mistério eucarístico, caminha na caridade e se inflama no espírito apostólico.
Seção terceira
O MODO DE REALIZAR A OBRA DA EVANGELIZAÇÃO
Artigo 4° — O dinamismo na obra missionária
16. No desempenho de sua missão procura a Congregação agir com iniciativas audazes e com grande zelo. Chamada a cumprir fielmente, através dos tempos, a obra missionária, que lhe foi confiada por Deus, evolui sempre na forma de exercê-la.
17. Essa obra apostólica da Congregação se caracteriza mais pelo dinamismo missionário, isto é, pela evangelização propriamente dita e pelo serviço aos homens e aos grupos mais abandonados e pobres, em relação à Igreja e às condições humanas (cf. Const. 4-6), do que por certas formas de atividade.
18. A missão da Congregação exige, pois, que os Redentoristas sejam livres e disponíveis, quer em relação aos grupos a serem evangelizados, quer em relação aos meios que servem para a missão de salvação. Sendo sua obrigação sempre procurar novas iniciativas apostólicas sob a direção da legítima autoridade, não podem instalar-se em condições ou estruturas nas quais sua atuação já não seria missionária. Como pioneiros, descubram com perspicácia novos caminhos, através dos quais o Evangelho seja pregado a toda criatura (cf. Mc 16,15).
19. Por isso é tida em grande estima a multiforme atividade, através da qual se expressou no decorrer do tempo o trabalho missionário dos Redentoristas de acordo com as necessidades das diversas regiões. No futuro será assumida na Congregação qualquer iniciativa que pareça convir a sua caridade pastoral.
20. Julgar se determinadas prioridades já assumidas ou a serem assumidas pela (Vice) Província, estão ou não de acordo com a índole missionária da Congregação, compete ao Capítulo (vice) provincial, com o consentimento do Conselho geral. É óbvio, portanto, que todos os Redentoristas, principalmente quando reunidos em Capítulos, devem avaliar
periodicamente se os meios empregados para a evangelização no respectivo território correspondem às necessidades da Igreja e do mundo; se, e como, devem renovar-se os métodos apostólicos, de modo que sejam mantidos os meios válidos, corrigidos os que apresentem falhas e abandonados os inadequados.
Artigo 5º — A cooperação na Igreja
21. Em virtude da caridade pastoral, que lhes é específica, procurem as comunidades e todos os confrades harmonizar as próprias obras com as iniciativas da Igreja universal e da Igreja particular. Pois a missão da Congregação na Igreja, sendo serviço de Cristo, deve ser inseparavelmente serviço da Igreja. Embora, em razão do ministério em favor da Igreja universal, os Redentoristas, de acordo com os princípios da isenção, estejam sujeitos primariamente, inclusive em virtude do voto de obediência, ao poder do Sumo Pontífice, todavia no que se refere ao ministério particular na Igreja local, estão sujeitos também ao Ordinário local. Por isso, para instaurar e promover a fraternidade apostólica, os Redentoristas tenham sempre em vista, ao mesmo tempo, a pastoral orgânica do território e o carisma da Congregação. Em espírito sincero de serviço e com generosa disponibilidade, integrem-se nas obras e estruturas missionárias da diocese ou da região nas quais trabalham, segundo as necessidades mais urgentes da Igreja e da época.
Artigo 6º — O diálogo com o mundo
22. O redentorista é comunicador por excelência. Para desenvolverem uma obra missionária eficaz, além de cooperar com todos na Igreja, devem ter adequado conhecimento e experiência do mundo. Praticam, pois, no mundo, o diálogo missionário com toda a confiança. Interpretem fraternalmente as angústias dos homens, para discernir nelas os verdadeiros sinais da presença e do desígnio de Deus. Realmente, eles sabem que o mistério do homem e a verdade de sua vocação integral somente se desvendam verdadeiramente no Mistério do Verbo Encarnado. Desse modo tornam presente a obra da redenção em sua totalidade, ao darem testemunho de que aquele que segue a Cristo, homem perfeito, torna-se ele mesmo mais homem.
23. Fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade, inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração, os Redentoristas, como homens apostólicos e genuínos discípulos de Santo Afonso, seguindo contentes a Cristo Salvador, participam de seu mistério e anunciam-no com evangélica simplicidade de vida e de linguagem, pela abnegação de si mesmos, pela disponibilidade constante para as coisas mais difíceis, a fim de levar aos homens a copiosa redenção.
3. CAPÍTULO II
A COMUNIDADE APOSTÓLICA
Artigo 1º — A comunidade
24. Os Redentoristas, para corresponderem a sua missão na Igreja, exercem a obra missionária de modo comunitário. Pois, a forma apostólica de vida em comum abre, do modo mais eficaz, o caminho para a caridade pastoral. Por isso, para os Redentoristas é lei essencial de sua vida: viver em comunidade e por meio da comunidade realizar o trabalho apostólico. Por esse motivo, sempre se considere o aspecto comunitário ao se aceitar um trabalho missionário. A comunidade, porém, não é somente a convivência material dos confrades, mas, ao mesmo tempo, comunhão de espírito e de fraternidade.
25. A vida comunitária leva os confrades a, porém em comum, em fraterna e sincera convivência, à maneira dos Apóstolos (cf. Mc 3,14; At 2,42-45; 4,32), orações e deliberações, dores e trabalhos, sucessos e insucessos e os bens temporais, a serviço do Evangelho. As formas concretas dessa vida comunitária devem ser harmoniosamente estabelecidas de acordo com as necessidades da evangelização e as exigências da caridade fraterna, tendo-se presente que o termo “comunidade” significa tanto a Congregação em sua totalidade quanto a (Vice) Província ou a comunidade local ou pessoal.
Artigo 2º — A presença de Cristo na comunidade
26. Chamados a continuar a presença de Cristo e sua missão de redenção no mundo, escolhem os Redentoristas a pessoa de Cristo como centro de sua vida. Esforçam-se por se unir sempre mais a Ele em comunhão pessoal. Dessa maneira estarão o próprio Redentor e seu Espírito de amor presentes no coração da comunidade, para formá-la e sustentá-la. Na medida em que os confrades mais intimamente se unirem a Cristo, mais estreita será a comunhão entre eles próprios.
27. Cultivarão o espírito de contemplação, pelo qual cresce e se fortalece sua fé, para que participem verdadeiramente do amor do Filho para com o Pai e para com os homens. Desse modo tornar-se-ão capazes de reconhecer Deus nas pessoas e nos acontecimentos da vida cotidiana; de perceber em sua verdadeira luz o desígnio salvífico de Deus e de discernir entre realidade e ilusão.
28. Serão dóceis ao Espírito Santo, que sem cessar atua para conformá-los a Cristo, de modo que aprendam a ter os mesmos sentimentos que Cristo (cf. Fl 2,5ss.) e se revistam da mesma mentalidade (1Cor 2,16), que os move interiormente à obra do apostolado através da variedade dos ministérios. Pois diversos são os dons dos confrades e das comunidades “conforme a medida do dom de Cristo” (cf. Ef 4,7), mas o Espírito é o mesmo (cf. 1Cor 12,4).
Artigo 3º— A comunidade de oração
29. Os Redentoristas sem cessar apliquem a si próprios a advertência de Cristo Redentor: “É preciso orar sempre sem jamais esmorecer” (Lc 18,1), como faziam os discípulos da primitiva comunidade eclesial, que “perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, na fração do pão e nas orações” (At 2,42) “perseverando unânimes na oração com Maria Mãe de Jesus” (At 1,14). Assim procurarão viver em si mesmos, com todas as forças, o espírito de oração de Santo Afonso.
30. Encontrarão a Cristo principalmente nos grandes sinais da salvação. Por isso sua vida comunitária deve ser alimentada pela doutrina evangélica, pela sagrada liturgia e de modo especial pela Eucaristia.
31. A Palavra de Deus é sustento e vigor para a Igreja e para seus filhos força da fé, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual. Por isso, como ministros da revelação do mistério de Cristo entre os homens, mantenham os Redentoristas assíduo contato com essa palavra viva e vivificante e assimilem-na pela leitura divina e pelas celebrações comunitárias para que imbuídos vitalmente pela fé, tornem-se apóstolos mais eficientes para toda a obra boa (cf. 2Tm 3,17).
32. Encontram presente e vivem o Mistério de Cristo e da salvação humana na liturgia, sobretudo na Eucaristia, a qual professam como ápice e fonte de toda a sua vida apostólica e sinal de solidariedade missionária. Por isso, os sacerdotes darão prioridade à celebração do sacrifício eucarístico. Mas os outros Redentoristas não sacerdotes participarão do sacrifício eucarístico, levando em consideração as circunstâncias da vida e da atividade da própria comunidade.
Artigo 4º — A comunidade de práticas
33. Porque é próprio dos Redentoristas viver e agir em comunidade, reunir-se-ão para orar em comum. Cada comunidade encontrará as formas de oração comunitária, que deverão ser aprovadas pelo Superior competente, que expressem a unidade dos confrades e promovam sua atividade missionária. Além da celebração litúrgica, isto é, da Eucaristia e da Liturgia das Horas, têm os Redentoristas o direito e o dever de dedicar todos os dias à oração. Essa oração pode se fazer em particular ou em comum.
34. Para que participem mais íntima e frutuosamente do sacrossanto mistério da Eucaristia e da vida litúrgica, e para que se alimente mais abundantemente toda a sua vida espiritual, os Redentoristas, tanto em casa quanto fora dela, darão a máxima importância à oração mental (cf. Mt 6,6), a qual se orientará principalmente para a contemplação dos mistérios da Redenção. Os Estatutos gerais determinarão a respeito dos exercícios espirituais a serem feitos.
35. Tomem a Bem-aventurada Virgem como modelo e ajuda, Ela que, caminhando na fé e abraçando de todo o coração a vontade salvífica de Deus, como serva do Senhor, dedicou-se totalmente à pessoa e à obra de seu Filho, serviu e continua a servir ao mistério da redenção, socorrendo perpetuamente o povo de Deus em Cristo. Honrem-na, pois, como Mãe, com piedade e amor filial. Promovam com generosidade o culto, principalmente o litúrgico, à Bem aventurada Virgem Maria e celebrem com especial fervor suas festas. De acordo com a tradição afonsiana, todos os confrades diariamente honrarão a Bem-aventurada Virgem. A todos recomenda-se a recitação do santo rosário, para que com gratidão recordem e imitem os mistérios de Cristo, dos quais Maria participou.
36. Empenhar-se-ão para expressar em sua vida o zelo apostólico do Fundador, de acordo com as necessidades de nosso tempo. Terão em máxima conta seu “sentir com a Igreja”, como válido critério de seu serviço missionário. Para tal fim esforcem-se por conhecer-lhe a vida e usar com frequência seus escritos.
Artigo 5º— A comunidade de pessoas
37. Em qualquer relação pessoal entre confrades já se encontra a comunidade cristã: “Onde dois ou três se encontrarem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,20). Essa reunião em nome de Cristo expressa a amizade evangélica que anima a comunidade, mesmo sob o aspecto jurídico e administrativo e que alimenta e promove a vida comunitária dos confrades.
38. Por esse motivo, na comunidade todos os confrades são fundamentalmente iguais e participam, cada um a seu modo, pela co-responsabilidade, na vida e na realização da missão que professam.
39. A comunidade deve promover o desenvolvimento das pessoas, incentivar as relações interpessoais e constituir a verdadeira fraternidade. Isso exige máxima estima pelas pessoas, por seus valores e qualidades, e que se favoreça o crescimento da maturidade e da responsabilidade de todos os confrades, dando-lhes oportunidade de tomar decisões pessoais.
40. Desse modo, se alimenta e enriquece a própria vida e a atividade comunitária, quer se trate da vida comunitária interna, quer da obra de evangelização confiada aos Redentoristas; além disso, dá-se frutuosa e constante interação entre a comunidade e cada um de seus membros. Assim, a comunidade serve e enriquece a vocação de cada um.
41. Na união comunitária das vontades em Cristo e na recíproca estima mais facilmente se poderá definir aquilo que o bem comum de todo o grupo exige, no que diz respeito à caridade fraterna e à obra missionária. Na busca do fim comum, cada um, levado pela total doação de si mesmo e pelo amor mútuo, empenhar-se-á com todas as forças para executar o que foi decidido em comunidade.
Artigo 6º — A comunidade de trabalho
42. Cada um, conforme disposição do Superior competente, de acordo com a própria aptidão e talento, assumirá a parte dos trabalhos da comunidade e os encargos exigidos pela vocação missionária. Pois, o cumprimento da própria missão constitui a parte principal da observância religiosa.
Artigo 7º — A comunidade de conversão
43. É da máxima importância que os confrades considerem a comunidade como algo que se deve renovar interiormente em constante desenvolvimento.
44.1) Devem os Redentoristas fazer convergir seus esforços a fim de se revestirem do homem novo feito à imagem do Cristo crucificado e ressuscitado dos mortos, de modo que se purifique todo o seu modo de julgar e agir. Toda a sua vida cotidiana deve ser marcada pela conversão do coração e constante renovação do espírito. Esse esforço importa em permanente abnegação de si mesmo que elimina o egoísmo e abre livre e largamente os corações aos outros, em conformidade com a dimensão da vocação apostólica. Empenhando-se, dessa forma, pelos outros por causa de Cristo (cf. 2Cor 4,10ss.), adquirirão aquela liberdade interior que dará a toda a sua vida unidade e harmonia.
44.2) Examinarão diariamente os Redentoristas a própria consciência. Recomenda-se que esse exame tenha lugar no âmbito da própria oração comunitária. Frequentam o ato da reconciliação sacramental, para que experimentem mais plenamente a necessária conversão de coração.
45. Para fortalecer e expressar a conversão interior, imponham-se livremente alguns exercícios de mortificação. Também a comunidade, de maneira semelhante deve expressar essa conversão, de modo que alcance cada dia mais, através de eficaz testemunho, aquela total generosidade com que se deve corresponder à Palavra de Deus.
Artigo 8º — A comunidade aberta
46. A comunidade religiosa é para os Redentoristas a primeira e fundamental comunidade. Contudo, esteja ela de tal modo aberta ao mundo que, pelo convívio com os homens, reconheça os sinais dos tempos e dos lugares e se adapte mais adequadamente às exigências da evangelização. Pois, os Redentoristas de certo modo pertencem também a outras comunidades, principalmente aos grupos entre os quais trabalham. Nem por isso estão fugindo da própria comunidade, mas comunicam a todos os homens a alegria do Evangelho com a qual vivem, para que se tornem fermento do mundo e sejam testemunho vivo da esperança.
Artigo 9º — A comunidade organizada
47. Para que expresse e favoreça a promoção das pessoas que juntas se dedicam à caridade pastoral, cada comunidade deve ter adequada organização e um modo de viver em comum definido por normas determinadas. Adotarão, pois, de acordo com os Estatutos gerais, convenientes regras de vida, que correspondam à condição humana da comunidade e que serão tiradas da tradição cristã e redentorista, bem como da vida social e dos direitos inerentes à pessoa humana.
48.1) Essas normas, às quais cada membro da comunidade se sente sinceramente obrigado, devem ser tais que, por sua natureza, possam ser adaptadas, em vista da obra missionária, às exigências da Igreja, às circunstâncias de lugar e tempo, ou à índole e à cultura peculiar do povo.
48.2) Em diálogo comum todos contribuam para criar condições que favoreçam a oração e o trabalho, o recolhimento e a revisão de vida, a tranquilidade e o repouso.
48.3) Seja determinado pelo legítimo Superior o grau ou a medida em que cada comunidade pode estar aberta a outras pessoas, conservando o espaço que lhe é próprio e observando-se as normas sobre a clausura, esta que entra em vigor sempre que houver anos capitulares, para assim a eleição de um novo superior.
48.4) Mantém-se o hábito religioso tradicional. Seu uso seja determinado pelos Estatutos gerais. Os Redentoristas, tem por obrigação a utilização do hábito, seja ele cotidiano, com sua veste preta uma faixa e o rosário preso ao lado esquerdo da faixa, seja ele solene, composto por sua veste preta, faixa na cintura, rosário a esquerda da faixa e a cruz missionária presa ao pescoço e na faixa.
Artigo 1º — A missão de Cristo Redentor, razão da dedicação
49. Os Redentoristas consolidam sua vida pessoal e comunitária pela profissão religiosa, para se dedicarem totalmente à obra do Evangelho e exercerem a perfeição da caridade apostólica, o que constitui o próprio fim da Congregação.
50. Pela profissão religiosa, intimamente radicada na consagração batismal e sua expressão mais plena, os Redentoristas são associados de modo especial à missão de Cristo como ministros do Evangelho conduzidos pelo Espírito Santo.
51. Cristo, para cumprir essa sua missão, que comporta essencialmente a caridade pastoral, “...aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fl 2,7). Submeteu-se à vontade do Pai para a obra da redenção que realizou por toda a sua vida.
52. Separados para a obra à qual foram chamados (At 13,2), os Redentoristas estão prontos a ser fiéis à vocação por toda a sua vida, a renunciar a si mesmos e a tudo o que possuem, a fim de se tornarem discípulos de Cristo e se fazerem tudo para todos (cf. 1Cor 9,22).
53. Na Igreja, que continua e explicita a missão da salvação, seguem o mesmo caminho palmilhado por Cristo, isto é, o caminho da virgindade, da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si mesmo até à morte, da qual, por sua ressurreição, saiu vitorioso. Assim participam, de modo especial, do próprio mistério da Igreja e mais intimamente são assimilados ao mistério pascal.
Artigo 2º — Sinais e testemunhas
54. Por essa total dedicação à missão de Cristo, participam os Redentoristas da abnegação da cruz do Senhor, de sua virginal liberdade de coração, de sua radical disponibilidade pela vida do mundo. Devem, pois, tornar-se perante todos os homens sinais e testemunhas da força de sua ressurreição, ao mesmo tempo que anunciam a vida nova e eterna.
Artigo 3º — A missão unificadora de toda a vida
55. A caridade apostólica, pela qual os Redentoristas participam da Missão de Cristo Redentor, constitui o princípio de unidade de toda a sua vida. Com efeito, por ela, de alguma forma, se identificam com Cristo que, por meio deles, continua a cumprir a vontade do Pai, realizando a redenção dos homens.
56. São uma só coisa a glória de Deus e a salvação do mundo, o amor para com Deus e o amor para com os homens. Por essa razão vivem os Redentoristas a união com Deus sob a forma de caridade apostólica e procuram a glória de Deus através da caridade missionária.
57. Assim, a caridade pastoral informa e dá unidade à vida dos Redentoristas. Na verdade, a vida comunitária está a serviço do apostolado. A contínua conversão, que decorre da total entrega a Deus, aumenta a disponibilidade para o serviço dos outros. E os próprios vínculos religiosos, pelos quais se dedicam a Deus, necessariamente incluem e promovem nos Redentoristas a dimensão apostólica. Portanto, a profissão religiosa torna-se o ato que define toda a vida missionária dos Redentoristas.
Artigo 4º — Todos os missionários
58. Por essa profissão, todos os Redentoristas são verdadeiramente missionários, quer se dediquem às várias funções do ministério apostólico, quer estejam impedidos de trabalhar, quer estejam ocupados em quaisquer serviços à Congregação e aos confrades, quer sejam idosos, enfermos e incapacitados para atividades externas, quer, principalmente, suportem dores ou enfrentem a morte pela salvação do mundo.
Artigo 5º —A profissão, resposta de amor
59. Inspirados e fortalecidos pelo Espírito Santo, empenham-se os Redentoristas para chegar à total doação de si, para serem eles mesmos, por Cristo, como uma resposta ao Senhor que “os amou primeiro” (1Jo 4,10). Essa resposta, expressam-na pela profissão dos votos de castidade, pobreza e obediência.
Artigo 6º — A castidade
60. A castidade religiosa, que comporta a obrigação da perfeita continência no celibato, já que significa e contém, como o matrimônio, embora de modo diverso, o mistério do amor de Cristo e da Igreja, manifesta a presença do reino de Deus na terra (cf. 1Cor 7,34; Ef 5,25-32).
61. Os Redentoristas, consagrados a esse mesmo mistério de amor, escolhem o celibato por causa do reino dos Céus (cf. Mt 19,12), a fim de se dedicarem, pessoal e comunitariamente, a Deus e à missão de Cristo (cf. Jo 17,19) e, alargando o coração e pensando no que é do Senhor, amarem e servirem o próximo (cf. 1Cor 7,32), manifestarem assim o amor da Igreja por Cristo (cf. 2Cor 11,2) e pré anunciarem as coisas celestiais (cf. Lc 20,35- 36).
62. Aqueles que do Pai recebem esse dom, de tal forma são atraídos pela realidade do reino de Deus, que só pela opção dessa castidade religiosa podem corresponder plena e pessoalmente ao amor de Deus. Para compreenderem mais perfeitamente o mistério da castidade e o viverem com liberdade e alegria, implorem-no, com insistência e humildade, em união com a Igreja e promovam-no constantemente com meios adequados.
63. Empreguem, pois, todos os meios e recursos das ciências que favorecem a saúde do corpo e da mente. Não deixem principalmente de seguir as normas ascéticas provadas pela experiência da Igreja. Lembrem-se além disso todos, e principalmente os Superiores, que a castidade se conserva mais seguramente quando entre os confrades vigora verdadeiro amor fraterno na vida comunitária.
Artigo 7º — A pobreza
64. Os Redentoristas, missionários que são, abracem confiantes a pobreza de Cristo “que, sendo rico, se fez pobre por nós, para que fôssemos ricos por sua pobreza” (2Cor 8,9).
65. Empenhem-se para viver segundo o espírito de que estava imbuída a comunidade apostólica, pelo qual se tornam sinal da vida fraterna dos discípulos de Cristo, dos quais se diz: “A multidão dos crentes era um só coração e uma só alma; ninguém dizia que era seu o que possuía, mas tudo lhes era comum” (At 4,32). Por isso, todos os bens, convenientes, mas modestos, tenham e usem-nos em comum. Tudo o que os Redentoristas adquirem por seu trabalho, ou em vista do Instituto religioso, adquirem-no para o Instituto religioso e deve, portanto, ser incorporado aos bens da comunidade.
66. Sem prejuízo das modalidades já provadas, procurem novas formas de praticar a pobreza, sempre mais conformes ao Evangelho e que constituam realmente um testemunho pessoal e comunitário da pobreza evangélica.
67. Como pobres, sintam-se de tal modo obrigados à lei do trabalho, que cada um, cumprindo seu dever, contribua na medida do possível para o sustento próprio e dos outros.
68. A caridade missionária exige que os Redentoristas levem uma vida verdadeiramente pobre, que seja condizente com a dos pobres a evangelizar. Dessa maneira demonstram solidariedade com os pobres e se tornam para eles um sinal de esperança.
69. Procurarão igualmente, com sinceridade, compreender os valores tidos em consideração por outros povos, mesmo que não sejam conformes aos seus e aos de sua cultura. Daí se originará aquele frutuoso diálogo que revelará as riquezas que Deus distribuiu aos povos.
70. Aceitarão de boa vontade a situação que talvez os chame de um lugar para outro a fim de, em espírito de abnegação, viverem em liberdade evangélica (cf. Lc 9,58-62). A pobreza igualmente os levará a se inserirem com alegria nas diversas instituições, como servos fiéis do Evangelho, colaborando com todos os homens para o bem da missão (cf. Const. 18).
71. O voto de pobreza emitido pelos Redentoristas, além de uma vida real e espiritualmente pobre, trabalhosa na sobriedade e afastada das riquezas terrenas, importa dependência e limitação no uso e na disposição dos bens, de acordo com o direito próprio da Congregação.
5. CAPÍTULO IV
A FORMAÇÃO DA COMUNIDADE
Artigo 1º — O objetivo da formação
72. A finalidade apostólica da Congregação deve inspirar e permear todo o processo de formação de seus membros. Esse processo abrange tanto a seleção das vocações quanto as diversas etapas da formação, bem como a formação que deve continuar por toda a vida.
73. O objetivo da formação é conduzir os candidatos e os confrades a tal grau de maturidade humana e cristã que eles, com auxílio da graça divina, conscientes e livres, possam dedicar-se totalmente ao serviço da Igreja missionária na vida comunitária dos Redentoristas para anunciar o Evangelho aos pobres. Descubram gradativamente as exigências do seguimento de Cristo, decorrentes da própria consagração batismal e mais plenamente confirmadas pela profissão religiosa, de maneira que se tornem verdadeiros missionários.
Artigo 2º — A promoção das vocações
74. O vigor da Congregação no desempenho de sua missão apostólica depende do número e da qualidade dos candidatos que desejam associar-se à comunidade redentorista. Todos os confrades, portanto, na medida de sua estima e amor à própria vocação, dediquem-se ao apostolado de promover vocações para a Congregação.
75. O próprio Espírito de Cristo suscita missionários na Igreja. Às mais das vezes serve-se de contatos e relacionamentos, que se estabelecem entre as pessoas, para levar o convite de Cristo a seus apóstolos. Por isso, cada confrade no convívio com os homens em seu ministério apostólico, deve estar atento para descobrir e discernir os dons que o Espírito prodigaliza a muitos jovens. Lembre-se, ainda, cada um que o melhor e mais eficiente meio de promover as vocações é a oração constante e, ao mesmo tempo, o exemplo da própria vida e o zelo apostólico (cf. Mt 9,38; Lc 10,2).
Artigo 3º — A formação em geral
76. Ponha-se todo o empenho para que os candidatos sejam levados a assumir a plena responsabilidade da própria opção, a fim de que neles se desperte e amadureça a livre doação de si mesmos e eles se tornem aptos a empreender as iniciativas condizentes com o espírito do Instituto. Nutridos copiosamente da palavra de Deus, que devem evangelizar, meditem assiduamente o mistério da salvação. Analisando as necessidades do mundo, ao encontro das quais a Igreja deve ir e que ressoam em seu próprio coração, à luz dessa mesma palavra, em união com os confrades, esforcem-se por descobrir uma resposta eficaz. Animados de fé intrépida, é necessário também que, de um lado prevejam as dificuldades da solidão e as incertezas do ministério apostólico e, de outro, desejem a comunhão fraterna, a fim de apressar o Reino de Deus, no qual Cristo quer reunir todos os homens. Imitadores do Apóstolo Paulo, como ele o foi de Cristo (1Cor 11,1), e imbuídos de seus ensinamentos, firmem-se na esperança inesgotável e luminosa que, apoiada na caridade, não decepciona (Rm 5,5).
Artigo 4º — Os moderadores da formação
77. Todos os confrades têm responsabilidade na obra da formação. Esta diz respeito não somente àqueles que se iniciam na Congregação, mas a todos os confrades, visto que todo o corpo da Congregação está continuamente em formação e evolução, de acordo com as necessidades dos homens aos quais seus membros anunciam o Evangelho. Contudo, nesta matéria uma responsabilidade especial cabe aos Superiores maiores, que devem assegurar a formação, principalmente constituindo um corpo de formadores selecionados. Pois é necessário que os formadores sejam preparados por uma formação especial e tenham conveniente experiência missionária da Congregação.
78. Os formadores, em mútua sintonia de espírito e de vontade, desenvolverão uma ação ponderada e bem adaptada ao serviço daqueles que esperam sua ajuda. Com o auxílio de peritos, procurem discernir as vocações e proporcionem aos alunos ambientes que lhes permita fazer uma escolha livre e consciente. Não se considerem tanto como mestres que transmitem ciência, mas como ministros da verdade que, junto com os alunos, procuram com paciência e modéstia. Cooperem os candidatos generosa e humildemente com seus formadores. Sob a luz da fé, alimentada pela meditação da palavra divina, aprendam deles a procurar sempre a Deus, reconhecer os sinais dos tempos, ver a Cristo em todos os homens e avaliar corretamente os valores humanos. De tal modo impregnem sua própria vida de sabedoria evangélica, que se tornem testemunhas fiéis e arautos do Evangelho.
Artigo 5º — A primeira formação para a vida apostólica
79. O tempo de provação abrange não só o noviciado, mas também as etapas que o precedem, bem como as que o seguem, segundo as normas do direito universal e do direito próprio da Congregação.
80. Progressivamente incorporam-se os membros à Congregação por etapas sucessivas. Já desde o início, viverão no espírito dos conselhos evangélicos. Quando estiverem suficientemente maduros e firmes nessa forma evangélica de vida, consagrar-se-ão mais perfeitamente à missão de Cristo Redentor na Congregação, pelos vínculos dos votos de castidade, de pobreza e de obediência.
81.1) Compete ao Governo geral decidir sobre a constituição do noviciado e erigir, por decreto escrito, sua sede em alguma casa da Congregação, bem como definir as diretrizes básicas do noviciado e determinar outros pontos, segundo a norma do direito universal e dos Estatutos gerais.
81.2) O postulantado e o noviciado tem por finalidade que os candidatos examinem mais profundamente se realmente são chamados por Deus a seguir a Cristo, pela profissão religiosa, na vida apostólica da Congregação. Experimentem os candidatos nosso modo de viver; aprendam a história e a vida da Congregação; com a mente e o coração sejam impregnados de seu espírito; comprovem se sua intenção e sua idoneidade.
Seção primeira
O GOVERNO GERAL
85. O Governo Geral da Congregação Redentorista é a instância máxima de liderança e administração da dos Redentoristas. É composto pelo Superior-Geral e seu Conselho Geral, a saber: o próprio superior, o vigário geral, o secretário geral, o promotor vocacional geral, o tesoureiro e um conselheiro. Juntos, eles têm a responsabilidade de governar e orientar a Congregação em questões espirituais, pastorais, administrativas e de tomada de decisões.
Artigo 01 – O Conselho Geral e suas funções
86. Superior-Geral: podemos chamá-lo de coordenador da Congregação Redentorista. Ele é eleito pelos membros da Congregação em um Capítulo Geral, que ocorre em intervalos regulares. O Superior Geral tem a autoridade para representar a Congregação perante a Igreja e outras instituições e tem a responsabilidade de liderar e orientar os Redentoristas em sua missão de proclamar a redenção.
87) Algumas características e atribuições do Superior Geral incluem:
a) Eleição: O Superior Geral é eleito pelos membros da Congregação em um evento chamado "Capítulo Geral". O Capítulo Geral é uma assembleia composta por representantes de todas as regiões missionárias da Congregação e ocorre em intervalos regulares (a cada seis meses) com possibilidade de até duas reeleições.
b) Representação: O Superior Geral representa a Congregação Redentorista perante a Igreja, outras instituições religiosas e a sociedade em geral.
c) Liderança Espiritual: O Superior Geral é responsável por fornecer liderança espiritual aos membros da Congregação, promovendo a vivência do carisma redentorista e aprofundando a espiritualidade de cada Missionário.
d) Tomada de Decisões: Ele é encarregado de tomar decisões importantes em questões que afetam a vida e a missão da Congregação, muitas vezes em colaboração com o Conselho Geral.
e) Promoção da Missão: O Superior Geral trabalha para promover a missão dos Redentoristas. f) Formação e Acompanhamento: Ele supervisiona a formação inicial e contínua dos membros da Congregação, garantindo que os Missionários Redentoristas estejam preparados para viver sua vocação de acordo com os princípios redentoristas.
g) Unidade e Coordenação: O Superior Geral trabalha para manter a unidade e a comunhão entre as diferentes regiões e comunidades locais da Congregação, coordenando esforços e estratégias para melhor cumprir a missão redentorista.
88. Vigário Geral: O Vigário Geral desfruta de autoridade delegada do Superior Geral para tomar decisões e agir em seu nome em várias questões. Em sua ausência ou impedimento, o Vigário Geral pode assumir as responsabilidades do cargo de Superior Geral temporariamente. Pode ser considerado como um "vice-superior".
89. Entre as atribuições do Vigário Geral, estão:
a) Assistência ao Superior Geral: O Vigário Geral é um colaborador próximo do Padre Geral, apoiando-o nas decisões e nas atividades diárias da administração da Congregação.
b) Supervisão: Ele tem a tarefa de supervisionar algumas áreas específicas da vida e missão redentorista, como formação de novos membros, obras de caridade, missões, paróquias ou outras atividades pastorais.
c) Delegação de Autoridade: Em muitos casos, o Vigário Geral pode receber a delegação de autoridade do Superior Geral para tomar decisões em nome dele.
d) Participação em Conselhos e Comitês: O Vigário Geral pode fazer parte do Conselho Geral e de outros comitês importantes, onde sua experiência e sabedoria são consideradas valiosas.
e) Representação: Em algumas ocasiões, o Vigário Geral pode representar o Superior Geral em eventos, encontros ou reuniões externas.
f) Administração: Ele pode estar envolvido na administração das regiões ou em outras questões organizacionais da Congregação.
90. Secretário Geral: O Secretário Geral trabalha em estreita colaboração com o Superior Geral e o Conselho Geral. O Secretário Geral desempenha um papel importante na administração e na organização dos assuntos internos da Congregação.
91. As principais responsabilidades do Secretário Geral incluem:
a) Documentação e Correspondência: O Secretário Geral é responsável por organizar e manter a documentação oficial da Congregação, incluindo atas de reuniões, registros de decisões e correspondências importantes.
b) Comunicação Interna: Ele facilita a comunicação interna entre as diferentes unidades da Congregação, garantindo que as informações sejam transmitidas efetivamente entre o Governo Geral, as Províncias e as comunidades locais.
c) Agenda e Reuniões: O Secretário Geral ajuda a programar as reuniões do Superior Geral e do Conselho Geral, preparando a agenda e garantindo que todos os tópicos importantes sejam discutidos.
d) Arquivo e Organização: Ele é responsável por manter um arquivo organizado de documentos e informações importantes relacionados à Congregação Redentorista.
e) Assistência ao Superior Geral: O Secretário Geral pode ser um conselheiro próximo ao Superior Geral, fornecendo informações relevantes e apoio na tomada de decisões.
f) Coordenação de Eventos e Visitas: Ele pode ajudar a coordenar eventos especiais, celebrações e visitas do Superior Geral ou de outros membros da liderança da Congregação.
g) Representação: Em algumas ocasiões, o Secretário Geral pode representar o Superior Geral ou a Congregação em eventos externos ou reuniões oficiais.
92. Promotor Vocacional Geral: O Promotor Vocacional Geral é delegado para resolver assuntos vocacionais, fazendo que estejam todos em comunhão com o governo Geral, de forma que se mantenham a receber vocações e prepará-las de forma correta.
93. As principais responsabilidades do Promotor Vocacional geral incluem:
a) Monitorar os Vocacionais: O promotor irá observar todos os vocacionais das (vice) províncias e os grupos de formação, de forma que seja um modo de se comunicarem com melhor rendimento
b) Representação: Ele poderá representar o Superior Geral em reuniões que envolvem a questão vocacional.
c) Auxílio: Deverá Auxiliar os promotores vocacionais e formadores de toda a Congregação.
d) Buscar vocações: Será responsável por ministrar os meios de divulgação da Congregação, além de fabricar e publicar novos chamarizes vocacionais, além de divulgar os mesmo para os promotores das províncias
.94. Tesoureiro Geral: O tesoureiro tem por finalidade controlar o património da ordem, assim a mantém organizada.
a) Património: Entre os patrimónios estão as igrejas a nós pertencentes, objetos e peças confiadas a ordem e qualquer valor financeiro.
Artigo 02 – Os secretariados
95. Secretariado de Formação: Responsável pela formação inicial e contínua dos membros da Congregação, incluindo os noviços e os padres em formação. Esse secretariado se concentra em preparar os Redentoristas para viverem o carisma e a missão da Congregação com zelo e dedicação.
96. Secretariado de Missões: Encarregado de coordenar e promover as missões populares e atividades missionárias da Congregação. Esse secretariado visa levar a mensagem da redenção e da misericórdia de Cristo aos lugares mais necessitados e carentes.
97. Secretariado de Justiça, Paz e Integridade da Criação: Responsável por promover a justiça social, a paz e o cuidado pela criação dentro da Congregação. Esse secretariado enfatiza o compromisso com os pobres e o cuidado com o meio ambiente, inspirado nos ensinamentos sociais da Igreja Católica.
98. Secretariado de Comunicação: Encarregado de gerenciar as atividades de comunicação da Congregação, incluindo mídias sociais, sites, publicações, material promocional e divulgação de notícias relacionadas à Congregação.
99. Secretariado de Evangelização e Novas Iniciativas: Responsável por explorar e promover novas iniciativas pastorais e evangelizadoras, adaptando a missão redentorista a novos contextos e desafios.
100. Secretariado do Patrimônio Redentorista: Este Secretariado é responsável por cuidar e preservar o patrimônio histórico, cultural e espiritual da Congregação Redentorista. Isso inclui a manutenção e conservação de locais históricos, como conventos, igrejas, e lugares de relevância para a história da Congregação.
101. Secretariado Vocacional: O Secretariado Vocacional concentra-se no acompanhamento e discernimento dos homens que desejam ingressar na Congregação Redentorista como membros. Esse departamento trabalha na promoção e divulgação da vocação redentorista, auxiliando os candidatos durante o processo de discernimento e formação inicial.
102. Secretariado das Romarias: Esse Secretariado é responsável por coordenar e organizar as romarias e peregrinações por lugares de especial significado espiritual.
7. CAPÍTULO VI
DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Artigo 01 – Código Eleitoral do Governo Geral
103. Esse documento descreve as diretrizes e procedimentos para realizar eleições dentro da Congregação Redentorista presente na Santa Sé do Minecraft. Nele, estão definidos os critérios de elegibilidade para os cargos, os prazos e etapas do processo eleitoral, as responsabilidades dos candidatos e dos eleitores, e outras informações relevantes para garantir um processo democrático e transparente na escolha dos líderes da congregação.
Artigo 02 – Ratio Formationis da Congregação Redentorista
104. A "Ratio Formationis Generalis" é um termo em latim que significa "Normas Gerais para a Formação". No contexto da Congregação Redentorista, esse documento é um guia que estabelece as diretrizes para a formação dos membros da congregação, tanto em termos espirituais quanto intelectuais e práticos. Inclui informações sobre o currículo de estudos, os estágios de formação, os princípios espirituais a serem seguidos, as etapas do processo de formação, e como os candidatos são preparados para assumir os papéis e responsabilidades dentro da congregação.