Artigo 1º — A missão de Cristo Redentor, razão da dedicação
49. Os Redentoristas consolidam sua vida pessoal e comunitária pela
profissão religiosa, para se dedicarem totalmente à obra do Evangelho e
exercerem a perfeição da caridade apostólica, o que constitui o próprio fim
da Congregação.
50. Pela profissão religiosa, intimamente radicada na consagração
batismal e sua expressão mais plena, os Redentoristas são associados de
modo especial à missão de Cristo como ministros do Evangelho
conduzidos pelo Espírito Santo.
51. Cristo, para cumprir essa sua missão, que comporta essencialmente a
caridade pastoral, “...aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo”
(Fl 2,7). Submeteu-se à vontade do Pai para a obra da redenção que
realizou por toda a sua vida.
52. Separados para a obra à qual foram chamados (At 13,2), os
Redentoristas estão prontos a ser fiéis à vocação por toda a sua vida, a
renunciar a si mesmos e a tudo o que possuem, a fim de se tornarem
discípulos de Cristo e se fazerem tudo para todos (cf. 1Cor 9,22).
53. Na Igreja, que continua e explicita a missão da salvação, seguem o
mesmo caminho palmilhado por Cristo, isto é, o caminho da virgindade, da
pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si mesmo até à
morte, da qual, por sua ressurreição, saiu vitorioso. Assim participam, de
modo especial, do próprio mistério da Igreja e mais intimamente são
assimilados ao mistério pascal.
Artigo 2º — Sinais e testemunhas
54. Por essa total dedicação à missão de Cristo, participam os
Redentoristas da abnegação da cruz do Senhor, de sua virginal liberdade
de coração, de sua radical disponibilidade pela vida do mundo. Devem,
pois, tornar-se perante todos os homens sinais e testemunhas da força de
sua ressurreição, ao mesmo tempo que anunciam a vida nova e eterna.
Artigo 3º — A missão unificadora de toda a vida
55. A caridade apostólica, pela qual os Redentoristas participam da Missão
de Cristo Redentor, constitui o princípio de unidade de toda a sua vida.
Com efeito, por ela, de alguma forma, se identificam com Cristo que, por
meio deles, continua a cumprir a vontade do Pai, realizando a redenção
dos homens.
56. São uma só coisa a glória de Deus e a salvação do mundo, o amor para
com Deus e o amor para com os homens. Por essa razão vivem os
Redentoristas a união com Deus sob a forma de caridade apostólica e
procuram a glória de Deus através da caridade missionária.
57. Assim, a caridade pastoral informa e dá unidade à vida dos
Redentoristas. Na verdade, a vida comunitária está a serviço do
apostolado. A contínua conversão, que decorre da total entrega a Deus,
aumenta a disponibilidade para o serviço dos outros. E os próprios vínculos
religiosos, pelos quais se dedicam a Deus, necessariamente incluem e
promovem nos Redentoristas a dimensão apostólica. Portanto, a profissão
religiosa torna-se o ato que define toda a vida missionária dos
Redentoristas.
Artigo 4º — Todos os missionários
58. Por essa profissão, todos os Redentoristas são verdadeiramente
missionários, quer se dediquem às várias funções do ministério
apostólico, quer estejam impedidos de trabalhar, quer estejam ocupados
em quaisquer serviços à Congregação e aos confrades, quer sejam idosos,
enfermos e incapacitados para atividades externas, quer, principalmente,
suportem dores ou enfrentem a morte pela salvação do mundo.
Artigo 5º —A profissão, resposta de amor
59. Inspirados e fortalecidos pelo Espírito Santo, empenham-se os
Redentoristas para chegar à total doação de si, para serem eles mesmos,
por Cristo, como uma resposta ao Senhor que “os amou primeiro” (1Jo
4,10). Essa resposta, expressam-na pela profissão dos votos de castidade,
pobreza e obediência.
Artigo 6º — A castidade
60. A castidade religiosa, que comporta a obrigação da perfeita continência
no celibato, já que significa e contém, como o matrimônio, embora de
modo diverso, o mistério do amor de Cristo e da Igreja, manifesta a
presença do reino de Deus na terra (cf. 1Cor 7,34; Ef 5,25-32).
61. Os Redentoristas, consagrados a esse mesmo mistério de amor,
escolhem o celibato por causa do reino dos Céus (cf. Mt 19,12), a fim de se
dedicarem, pessoal e comunitariamente, a Deus e à missão de Cristo (cf.
Jo 17,19) e, alargando o coração e pensando no que é do Senhor, amarem
e servirem o próximo (cf. 1Cor 7,32), manifestarem assim o amor da Igreja
por Cristo (cf. 2Cor 11,2) e pré anunciarem as coisas celestiais (cf. Lc
20,35- 36).
62. Aqueles que do Pai recebem esse dom, de tal forma são atraídos pela
realidade do reino de Deus, que só pela opção dessa castidade religiosa
podem corresponder plena e pessoalmente ao amor de Deus. Para
compreenderem mais perfeitamente o mistério da castidade e o viverem
com liberdade e alegria, implorem-no, com insistência e humildade, em
união com a Igreja e promovam-no constantemente com meios
adequados.
63. Empreguem, pois, todos os meios e recursos das ciências que
favorecem a saúde do corpo e da mente. Não deixem principalmente de
seguir as normas ascéticas provadas pela experiência da Igreja. Lembrem
se além disso todos, e principalmente os Superiores, que a castidade se
conserva mais seguramente quando entre os confrades vigora verdadeiro
amor fraterno na vida comunitária.
Artigo 7º — A pobreza
64. Os Redentoristas, missionários que são, abracem confiantes a pobreza
de Cristo “que, sendo rico, se fez pobre por nós, para que fôssemos ricos
por sua pobreza” (2Cor 8,9).
65. Empenhem-se para viver segundo o espírito de que estava imbuída a
comunidade apostólica, pelo qual se tornam sinal da vida fraterna dos
discípulos de Cristo, dos quais se diz: “A multidão dos crentes era um só
coração e uma só alma; ninguém dizia que era seu o que possuía, mas
tudo lhes era comum” (At 4,32). Por isso, todos os bens, convenientes, mas
modestos, tenham e usem-nos em comum. Tudo o que os Redentoristas
adquirem por seu trabalho, ou em vista do Instituto religioso, adquirem-no
para o Instituto religioso e deve, portanto, ser incorporado aos bens da
comunidade.
66. Sem prejuízo das modalidades já provadas, procurem novas formas de
praticar a pobreza, sempre mais conformes ao Evangelho e que
constituam realmente um testemunho pessoal e comunitário da pobreza
evangélica.
67. Como pobres, sintam-se de tal modo obrigados à lei do trabalho, que
cada um, cumprindo seu dever, contribua na medida do possível para o
sustento próprio e dos outros.
68. A caridade missionária exige que os Redentoristas levem uma vida
verdadeiramente pobre, que seja condizente com a dos pobres a
evangelizar. Dessa maneira demonstram solidariedade com os pobres e se
tornam para eles um sinal de esperança.
69. Procurarão igualmente, com sinceridade, compreender os valores tidos
em consideração por outros povos, mesmo que não sejam conformes aos
seus e aos de sua cultura. Daí se originará aquele frutuoso diálogo que
revelará as riquezas que Deus distribuiu aos povos.
70. Aceitarão de boa vontade a situação que talvez os chame de um lugar
para outro a fim de, em espírito de abnegação, viverem em liberdade
evangélica (cf. Lc 9,58-62). A pobreza igualmente os levará a se inserirem
com alegria nas diversas instituições, como servos fiéis do Evangelho,
colaborando com todos os homens para o bem da missão (cf. Const. 18).
71. O voto de pobreza emitido pelos Redentoristas, além de uma vida real e
espiritualmente pobre, trabalhosa na sobriedade e afastada das riquezas
terrenas, importa dependência e limitação no uso e na disposição dos
bens, de acordo com o direito próprio da Congregação.
5. CAPÍTULO IV
A FORMAÇÃO DA COMUNIDADE
Artigo 1º — O objetivo da formação
01. A finalidade apostólica da Congregação deve inspirar e permear todo o
processo de
Formação de seus membros. Esse processo abrange tanto a seleção das
vocações quanto As diversas etapas da formação, bem como a formação
que deve continuar por toda a Vida.
02. O objetivo da formação é conduzir os candidatos e os confrades a tal
grau de Maturidade humana e cristã que eles, com auxílio da graça
divina, conscientes e livres, Possam dedicar-se totalmente ao serviço
da Igreja missionária na vida comunitária dos Redentoristas para
anunciar o Evangelho no âmbito virtual. Descubram gradativamente As
exigências do seguimento de Cristo, decorrentes da própria
consagração batismal e Mais plenamente confirmadas pela profissão
religiosa, de maneira que se tornem Verdadeiros missionários.
Artigo 2º — A promoção das vocações
03. O vigor da Congregação no desempenho de sua missão apostólica
depende do Número e da qualidade dos candidatos que desejam
associar-se à comunidade Redentorista. Todos os confrades, portanto,
na medida de sua estima e amor à própria Vocação, dediquem-se ao
apostolado de promover vocações para a Congregação.
04. O próprio Espírito de Cristo suscita missionários na Igreja. Às mais das
vezes serve-se de contatos e relacionamentos, que se estabelecem
entre as pessoas em nosso Apostolado, para levar o convite de Cristo a
seus apóstolos. Por isso, cada confrade no Convívio com os homens
em seu ministério apostólico, deve estar atento para descobrir E
discernir os dons que o Espírito prodigaliza a muitos jovens. Lembre-se,
ainda, cada Um que o melhor e mais eficiente meio de promover as
vocações é a oração constante e, Ao mesmo tempo, o exemplo da
própria vida e o zelo apostólico (cf. Mt 9,38; Lc 10,2).
Artigo 3º — A formação em geral
05. Ponha-se todo o empenho para que os candidatos sejam levados a
assumir a plena Responsabilidade da própria opção, a fim de que neles
se desperte e amadureça a livre Doação de si mesmos e eles se tornem
aptos a empreender as iniciativas condizentes Com o espírito do
Instituto, o nosso carisma no meio digital. Nutridos copiosamente da
Palavra de Deus, que devem evangelizar, meditem assiduamente o
mistério da salvação. Analisando as necessidades do nosso mundo
virtual, ao encontro das quais a Igreja deve Ir e que ressoam em seu
próprio coração, à luz dessa mesma palavra, em união com os
Confrades, esforcem-se por descobrir uma resposta eficaz. Animados
de fé intrépida, é Necessário também que, de um lado saibam enfrentar
com coragem a solidão e as Incertezas do apostolado virtual, e cultivem
com zelo a comunhão fraterna a fim de Apressar o Reino de Deus, no
qual Cristo quer reunir todos os homens. Imitadores do Apóstolo Paulo,
como ele o foi de Cristo (1Cor 11,1), e imbuídos de seus ensinamentos,
Firmem-se na esperança inesgotável e luminosa que, apoiada na
caridade, não Decepciona (Rm 5,5).
Artigo 4º — Os moderadores da formação
06. Todos os confrades têm responsabilidade na obra da formação. Esta diz
respeito não Somente àqueles que se iniciam na Congregação, mas a
todos os confrades, visto que Todo o corpo da Congregação está
continuamente em formação e evolução, de acordo Com as
necessidades dos homens aos quais seus membros anunciam o
Evangelho. Contudo, nesta matéria uma responsabilidade especial
cabe aos Superiores maiores, que Devem assegurar a formação,
principalmente constituindo um corpo de formadores Selecionados.
Pois é necessário que os formadores sejam preparados por uma
formação Especial e tenham conveniente experiência missionária da
Congregação.
07. Os formadores, em mútua sintonia de espírito e de vontade,
desenvolverão uma ação Ponderada e bem adaptada ao serviço
daqueles que esperam sua ajuda. Com o auxílio de Peritos, procurem
discernir as vocações e proporcionem aos alunos ambientes que lhes
Permita fazer uma escolha livre e consciente. Mais do que mestres,
sejam companheiros Na busca da verdade, caminhando com paciência
e humildade ao lado dos formandos. Cooperem os candidatos
generosa e humildemente com seus formadores. Sob a luz da Fé,
alimentada pela meditação da palavra divina, aprendam deles a
procurar sempre a Deus, reconhecer os sinais dos tempos, ver a Cristo
em todos os homens e avaliar Corretamente os valores humanos. De tal
modo impregnem sua própria vida de Sabedoria evangélica, que se
tornem testemunhas fiéis e arautos do Evangelho.
Artigo 5º — A primeira formação para a vida apostólica
08. O tempo de provação abrange não só o noviciado, mas também as
etapas que o Precedem, bem como as que o seguem, segundo as
normas do direito universal e do Direito próprio da Congregação.
09. Progressivamente incorporam-se os membros à Congregação por
etapas sucessivas. Já desde o início, no aspirantado, viverão no espírito
dos conselhos evangélicos. Quando estiverem suficientemente
maduros e firmes nessa forma evangélica de vida, Consagrar-se-ão
mais perfeitamente à missão de Cristo Redentor na Congregação, pelos
Vínculos dos votos de castidade, de pobreza e de obediência.
09.1) O Aspirantado é a porta de entrada para a Congregação. Nessa fase
inicial e Lúdica, o candidato conhece a história de Santo Afonso Maria de
Ligório, Compreende o carisma redentorista e inicia sua vivência
comunitária por meio de Atividades práticas dentre os irmãos.
10. Compete ao Governo geral decidir sobre a constituição do noviciado e
erigir, por Decreto escrito, sua sede em alguma casa da Congregação,
bem como definir as Diretrizes básicas do noviciado e determinar
outros pontos, segundo a norma do direito Universal e dos Estatutos
gerais.
10.1) O postulantado e o noviciado tem por finalidade que os candidatos
examinem Mais profundamente se realmente são chamados por Deus a
seguir a Cristo, pela Profissão religiosa, na vida apostólica da Congregação.
Experimentem os candidatos nosso modo de viver, vivenciando missões
em outras (Arqui)dioceses; a vida da Congregação; com a mente e o
coração sejam Impregnados de seu espírito; comprovem sua intenção e
sua idoneidade.
10.2) O Postulantado é voltado à interiorização do carisma, da
espiritualidade, da Estrutura, dos costumes, hábitos da Congregação. O
postulante participa de Eventos e formações, vivencia a comunidade e se
aprofunda na missão Redentorista.
10.3) O Noviciado é o coração da formação. O Frater é enviado em missão
virtual a Uma (Arqui)diocese, vivendo a espiritualidade redentorista em
atividades como O Terço, Liturgia das Horas, meditação da Palavra e outras
experiências Pastorais com o povo local.
11. Compete ao Superior Geral, juntamente com o formador responsável
analisar a Evolução do Frater em todas as etapas, considerando a
aprovação para profissão dos Votos temporários.
11.1) O Confrade, só será aprovado para os votos perpétuos a partir de um
período de Tempo de vivência tendo professado temporariamente.
Conforme avaliação do Governo Geral.
a) O Postulantado deve por lei durar no máximo um período de
quatro dias após a entrada na Congregação, após este período o
Superior ou vice farão o Rito de Iniciação a Vida Religiosa dos
Religiosos ao postulante, que passará a deter o título de Frater,
este que passará pelo noviciado com um período máximo de
uma semana e três dias para sua devidas formações, logo após
fará sua profissão temporária que durará um período de sete a
dez dias, para assim fazer seus votos perpétuos.
b) Compete aos Formadores de noviços, sob a autoridade do
Superior, a direção do Noviciado. No que se refere, porém, à
disciplina da casa em seu conjunto, os Formadores, do mesmo
modo que os noviços, estão subordinados ao Superior.
c) Compete ao Superior maior, com o consentimento de seu
Conselho, segundo a norma dos Estatutos gerais, admitir
candidatos ao noviciado e à profissão temporária ou perpétua.
d) Terminado o noviciado, o noviço, se for julgado idôneo, seja
admitido à profissão. Os membros da Congregação que aspiram ao
sacerdócio sejam formados de tal modo que se configurem à
imagem de Cristo, sumo e eterno Sacerdote. Aprendam a aderir a
Ele. Esforcem-se por aprofundar seu mistério total, pelo estudo
científico e sistemático das ciências sagradas e por um
conhecimento mais profundo das ciências que tratam do homem.
Terão igualmente participação intensa na vida comunitária e de
maneira conveniente dedicar-se-ão ao apostolado missionário.
83. Os outros confrades devem ser formados de modo semelhante, para
que também eles se conformem mais intimamente ao mistério de Cristo e
participem da vida da Congregação, porquanto todos concorrem para a
mesma vocação missionária a ser vivida segundo os próprios dons. É
necessário, por isso, que, na medida do possível, adquiram competência
profissional e ministerial.
Artigo 6º — A formação contínua
84. Tanto mais eficientes missionários serão os Redentoristas, quanto mais
forem capazes de adaptar convenientemente sua atividade apostólica e dê
a ela unir estreitamente uma contínua renovação espiritual, científica e
pastoral. Cada confrade, pois, se esforce por enriquecer e vivificar seu
ministério, pelo estudo contínuo das ciências sagradas e humanas e pelo
fraterno intercâmbio com os confrades. Além disso, nossa Congregação,
seguindo o exemplo do santo Fundador, promove estudos superiores das
ciências sagradas, para mais eficazmente atingir sua finalidade
missionária.